CAPITULO PRIMEIRO
Um simples apartamento alugado. Tatiana acorda pela manhã em seu quarto. Estica-se em direção à mesa de cabeceira e pega o smartphone. Com a outra mão, esfrega os olhos e olha. Imediatamente, seu rosto muda para uma expressão de surpresa histérica.
– Droga, está descarregado. – Tatiana surta. – Embora esteja conectado.
Olha para o relógio na parede e, horrorizada, levanta-se da cama. Abaixando-se em direção à mesinha.
– Meu Deus! Dormi de novo… O chefe com certeza vai me demitir… Então. Preciso trocar a bateria… Ou talvez ele só me multará?
Tatiana mexe na tomada do adaptador que está na mesinha ao lado da cama e para quando o smartphone emite o toque de carregamento e aparece o ícone de que o dispositivo está carregando. Tatiana lentamente coloca o smartphone de volta na mesa e se endireita, mas o smartphone emite o toque de que o carregamento foi desconectado.
– O que está acontecendo?
Tatiana olha para o relógio na parede, senta-se na beirada da cama e tenta conectar o carregador novamente.
– Com certeza vou ser demitida…
Tatiana entra correndo no escritório e se senta em sua mesa de trabalho. Uma mulher idosa se aproxima dela.
– Novamente atrasada? – pergunta sarcasticamente Glafira Akakievna, a contadora-chefe e esposa do chefe.
– E bom dia para você também, Glafira Akakievna. – Tatiana responde de forma ríspida. – É que meu smartphone travou.
– E quantas vezes mais? A propósito, isso você vai explicar não a mim, mas ao meu marido… Vá. Ele já está te esperando ansiosamente.
Tatiana está no escritório do chefe Guidon Evpatyevich, em uma pequena firma de uma pequena cidade chamada Sul-Ural. Homens de meia-idade com uma série de defeitos e complexos.
– Você, eu vejo, Tatiana, tomou como norma chegar atrasada?! – diz Guidon Evpatyevich com um olhar severo.
– Não, Gavidon Evpatyevich. – Responde Tatiana com um sorriso coqueto. – É que meu despertador não funcionou… A bateria acabou.
– Eu não estou disposto a ouvir suas mentirosas desculpas. E você ainda cometeu outro erro nas compras de materiais para a fabricação de nossos produtos em grande escala.
– Em que sentido? – Tatiana muda de expressão.
– Você confundiu ontem débito com crédito, retirou dinheiro do cartão de crédito da empresa e pagou o pedido, e agora minha empresa está sofrendo prejuízo devido à taxa de juros elevada. – responde o chefe de forma ousada.
– Mas o cliente mesmo impôs a condição de que ele aceitaria pagamento em dinheiro. Caso contrário, nosso produto não teria chegado às prateleiras das lojas.